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segunda-feira, junho 25, 2007
A primeira vez dos My Chemical Romance
Pouco importa se a noite deste domingo foi emo ou ligada a qualquer outro subgénero musical. De resto os próprios My Chemical Romance fazem questão de se demarcar dessa nova moda (nova em Portugal) cujo nome é diminutivo de emocional.
Rótulos à parte, a verdade é que a estreia da banda norte-americana em Portugal resultou não só na lotação esgotada do Coliseu de Lisboa, mas também num dos concertos mais quentes do ano, tal foi a forma enérgica e emotiva como o jovem público recebeu os My Chemical Romance.
Num espectáculo claramente sub-17, e com alguns pais a acompanhar os respectivos filhos, o rock não deu lugar a mosh e poucos foram os que se aventuraram no crowd surfing. As forças foram despendidas em muitas palmas, saltos, e no cantar alto e bom som a letra de (quase) todas as músicas do alinhamento.
Quase ensurdecedores foram os momentos em que as jovens fãs dos My Chemical Romance - elas estavam em clara maioria - gritavam por Gerard Way, o vocalista e líder da banda. E foi assim logo de início, mal os seis rapazes pisaram o palco do Coliseu.
"This Is How I Disappear" deu o arranque ao espectáculo que serviu de apresentação ao novo álbum. Embora tenham deixado em casa os trajes de "The Black Parade", os My Chemical Romance interpretaram praticamente por completo o disco editado em Outubro de 2006. De fora apenas ficaram a intro "The End." e a faixa bónus "Blood". Os restantes temas foram recuperados de "Three Cheers For Sweet Revenge", de 2004.
Os fãs portugueses mostraram conhecer o segundo álbum dos My Chemical Romance, mas foram principalmente os novos temas a serem cantados em uníssono por todos de forma quase arrepiante. Certamemnte que muitos seriam os que conseguiriam cantar a totalidade das letras de "The Black Parade".
Quanto aos My Chemical Romance, a banda surgiu em formato sexteto, uma vez que em digressão conta com a preciosa colaboração de James Dewees nas teclas. No baixo, Mikey Way, em lua-de-mel, tem sido substituído por Matt Cortez.
Mas as atenções viraram-se invariavelmente para Gerard Way, peça central de um xadrez a preto (muito preto) e branco. O fundo preto, com o nome da banda em branco era apenas um exemplo. O jogo de luzes ajudou a criar também o tal ambiente sombrio, quase gótico, que envolve a caracterização dos My Chemical Romance.
De aspecto algo tímido e franzino, o vocalista dos My Chemical Romance é, no entanto, um bom frontman, sabendo quando e como puxar pelo público, e usando alguma teatralidade quando necessária. Gerard fez ainda questão de agradecer aos cerca de 15 fãs portugueses que se deslocaram a Madrid há uns anos para poderem acompanhar de perto a sua banda favorita. E não faltou uma bandeira de Portugal em palco.
Destaque ainda para as duas baterias de Bob Bryar, que giravam sobre si, uma extravagância reservada apenas a bandas de topo (pelo menos a nível financeiro).
A qualidade do som não foi, por vezes, a melhor. Alguns temas foram mesmo prejudicados por alguma confusão sonora, parecendo que alguns instrumentos estavam a ser tocados fora de tempo. Mas a actuação valeu mesmo pela energia em palco e por entre a assistência. Há muito tempo que não se ouviam gritos tão estridentes no Coliseu...
Durante cerca de hora e meia de espectáculo, os temas da noite foram sem dúvida os singles "The Black Parade", "Famous Last Words" e "Teenagers". Em jeito de balada foram apresentados "I Don't Love You", "The Ghost Of You" e "Cancer". Já "You Know What They Do To Guys Like Us In Prison" deixou um traço leve de cabaret.
"Helena", o primeiro grande sucesso dos My Chemical Romance, fechou em grande a estreia da banda em Portugal, numa noite em que muitos provavelmente foram a um concerto pela primeira vez. E quem fica a ganhar é a música rock.

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posted by KuRTeN16 @ 15:25  
1 Comments:
  • At 08 julho, 2007 01:13, Anonymous Anónimo said…

    Este comentário sobre o concerto é no mínimo ridiculo. Eu estive lá, sou fã dos My Chemical Romance há 3 anos e meio e metade do que diz é uma verdadeira mentira. Só como exemplo: "o rock não deu lugar a mosh e poucos foram os que se aventuraram no crowd surfing"? Pessoas a desmaiar, querer vomitar, etc. até se perdia a conta. Era quase impossível de respirar para quem estava na plateia geral, as pessoas esmagavam-se umas ás outras e os próprios seguranças do Coliseu estavam com dificuldade em lidar com a situação. Um deles até exclamou "hoje vai morrer alguém..."!

     
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